dos limites

Ariane Almeida
1 min readMay 9, 2021

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uma coisa por vez.

tentar, ao menos. agora mesmo contradigo o que delimitei — me encaro nesse teclado e à minha frente cores televisivas complementam o lembrete: se eu topasse tudo que me sugerem, eu toparia tudo absurdamente.

semana passada precisei escrever que não consigo acompanhar (aquela frequência), também falei diretamente a olhos chorosos que a mim era necessário mais tempo. contatei amores distantes como quem lembra que o vínculo se alimenta da presença, movimentando fronteiras. estico as bordas afetivas e retraio as preocupações individuais — nesses dias cada um fala de si, trabalha na própria elaboração, e então esquecemos do que nos une, da teia viva da existência. a divisa entre eu e o outro vez ou outra se mescla, reconheço, mas sejamos sinceros: quem realmente se importa com o seu bem-estar para além das recompensas autodirigidas?

desenho uma linha imaginária, que as vezes é curva, outrora tracejada — não posso a partir daqui.

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