daquilo que não tenho feito

Ariane Almeida
1 min readSep 1, 2021

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tem sido mais esporádico o ato de escrever desse jeito: sem qualquer objetivo. digo isso como lamento – no último mês preenchi relatório, editei projeto, juntei palavras técnicas, tentei incluir sensações na escrita profissional, mas nada como a liberdade que tenho aqui ou no meu caderno pessoal. quando conseguia, em meio às demandas, tecer outros pensamentos, eram quase sempre sobre a sobrecarga, a falta de tempo, a aceleração da vida. veja, gosto de registrar ideias e vou aprimorando as minhas formas de dizer… apesar e por conta disso, sinto saudade de encaixar frases sem a necessidade de fazer sentido.

com o mestrado e projetos rodando (felizmente finalizando, ufa), a atividade de anotar vem ganhando outro tom – mais método, menos descuido. tiveram dias em que até fazer isso que estou fazendo agora, ou seja, contar qualquer coisa sem muito plano, nem isso minha cabeça sustentava. lamento, de verdade. escrever é meu arco e flecha, armadura ou truque em situações de guerra (sim, como a que temos vivido). se me faltam as palavras, como vou lutar?

deixo um lembrete: ainda que o mundo desabe, fazer aquilo que retorna à vida

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